Partes de um Todo
Na busca da compreensão do caos interior que se estabelece de tempos em tempos, a necessidade de uma resposta se instala.
Sinto que o único caminho é tornar consciente o imenso desconhecido que há por trás daquilo que me é natural, que me guia entre a luz e a escuridão.
Venho pesquisando e enlouquecendo. Na verdade enlouqueci e decidi pesquisar.
A partir desta jornada interior, onde busco incansavelmente entendimento e aceitação a respeito da minha luz e sombra, encontro os estudos do psicanalista suíço C. G. Jung.
Nas suas pesquisas sobre a psique e o inconsciente coletivo, Jung entende que todos temos a tendência de nos comportar de forma semelhante quando experienciamos situações semelhantes. Ele categoriza essas atitudes em determinadas características proeminentes e necessariamente ambíguas, os arquétipos.
Trata-se de aspectos que todos temos e que podem se manifestar de forma positiva ou negativa, dependendo de quanto estamos conscientes, dispostos a enfrentar a nossa própria sombra e a levar para a luz.
Na expectativa de corporalizar e incitar o questionamento sobre a nossa busca evolutiva, me inspiro no conceito dos arquétipos e os materializo em formas geométricas – herança da minha experiência com o universo da arquitetura.
Aqui, apresento objetos/amuletos que nos servem como lembrança de abraçar todos os nossos lados, tanto a nossa luz quanto o que nos é sombrio. Afinal são as nossas experiências e como lidamos com esses elementos antagônicos e complementares que nos tornam únicos.
Toda vida tem que passar por muitas mortes. - C. G. Jung
